AGITADORES OU NÃO, BATEMOS A SUA PORTA! UMA ANÁLISE DAS MIGRAÇÕES AFRICANAS AO ESPAÇO DA UNIÃO EUROPEIA NO CONTEXTO DAS CRISES MIGRATÓRIAS

Resumo

A busca por melhores condições de vida, ou mesmo de satisfação de necessidades e desejos são factores-chave para motivar o deslocamento dos Homens, assim reza o passado da humanidade e o presente não desmente muito este facto. O espaço da União Europeia é hoje um dos maiores palcos de conflitos migratórios, principalmente, pelo facto de as migrações serem em massa e sem qualquer tipo de legalidade e controlo, quer nos países de partida, de trânsito, quer mesmo os de destino. Os centros junto às fronteiras são, na verdade, uma máscara, sobre o que há de facto, “falta de controlo”. O objectivo desta pesquisa é analisar os ditames que perfazem as casualidades migratórias dos africanos ao espaço europeu. O nosso objecto de pesquisa é a migração internacional africana ao espaço da União Europeia. Assume-se que a migração dos africanos para a Europa é fruto de uma casualidade múltipla. Destacam-se as instabilidades políticas e um passado histórico “comum” com efeitos contrários às aspirações capitalistas sobre as vantagens oferecidas à economia internacional no contexto de uma Divisão Internacional do Trabalho (DIT) e um processo de globalização nos países desenvolvidos. Estes factores correspondem favoravelmente à decisão individual dos africanos com proximidade geográfica à Europa de migrar para o espaço europeu. Com isso, assumem todos os riscos, incluído, o de morte, na travessia do Mediterrâneo. Essa motivação, deriva do facto de que, os efeitos demonstram-se praticamente os mesmos, estando em seus países de origem. Como agravante, tem-se a falta de esperança de sobrevivência na opção de permanência em sua terra natal e o sentimento de abando por parte da comunidade internacional. Em suma, pode-se dizer, que parte da África está em expansão para a Europa.